Italianos protestam contra Israel e o aumento militar: "Se Trump intervir, haverá guerra"

Uma manifestação de milhares de pessoas contra o armamento ocorreu em Roma no sábado, por iniciativa de parte da oposição de centro-esquerda italiana e com a participação de representantes de cerca de 500 associações. Eles protestaram contra a operação militar das forças israelenses na Faixa de Gaza e o aumento dos gastos com defesa.
A manifestação contou com a presença de representantes dos grupos de oposição parlamentar, do Movimento 5 Estrelas e da Aliança Verde e de Esquerda, além de representantes da comunidade palestina, entre outros.
Os manifestantes carregavam bandeiras com a palavra "Paz" e faixas com os slogans: "Acabem com o genocídio", "Libertem a Palestina" e "Só há uma escolha: desarmar o mundo".
Uma das organizadoras do protesto em Roma, Raffaela Bolini, da associação cultural e social Arci, disse durante o protesto: "De acordo com todas as pesquisas, a maioria dos cidadãos é contra a guerra. Estamos extremamente preocupados que a lei do mais forte prevaleça sobre o direito internacional. Quem ataca outro está cometendo genocídio e destruição."
"Nos mobilizamos quando a União Europeia decidiu por novos armamentos no valor de 800 bilhões de euros. Então, tudo aconteceu: as demandas insanas da OTAN por 5% do PIB para armamentos, o genocídio em Gaza que não vai acabar, a guerra em curso na Ucrânia e agora o ataque unilateral injustificado de Israel ao Irã. Estamos diante de uma guerra mundial", declarou o ativista italiano.
"Se (o presidente dos EUA, Donald) Trump intervir, realmente estaremos diante de uma guerra global, e lembro que há muitas bases militares americanas na Itália", acrescentou.
O secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, que estava entrando no Capitólio Romano no momento em que a manifestação passava em direção ao Coliseu, respondeu quando questionado sobre o assunto: "É bom que haja uma mobilização geral para evitar uma corrida armamentista".
Durante a manifestação, várias bandeiras de Israel, da OTAN e da União Europeia foram queimadas, segundo relatos da mídia.
De Roma Sylwia Wysocka (PAP)
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